Rubens Amador

Sugestão

Rubens Amador
Jornalista

As cidades, quanto maiores, os crimes nela praticados são proporcionalmente enormes. Vejam São Paulo. Às duas horas da tarde as pessoas são assaltadas e têm seus carros e motos roubados, além de seus bens, desde telefones até bolsas, na frente de todo mundo. Mas ninguém intervém para não se complicar, pois vê-se revólveres na cena. Também caminhões são atacados. E isto tudo acontece com uma cidade bem policiada, percebe-se. Até helicópteros ajudam contra o crime, mas este vai avançando.

Fico chocado quando vejo ladrões roubarem o carro, caminhão ou moto de um trabalhador que necessita daquele veículo para sustentar sua família. Embora seja o transporte de pessoa em boa situação financeira. De repente a polícia percebe o roubo e sai atrás do ladrão ou ladrões. Estes violam todos os sinais de trânsito na fuga e, de repente, batem com o veículo roubado, deixando-o muito avariado, fugindo através de mata próxima ou em suas favelas, quando não são aprisionados. Mas a boa polícia, com seu trabalho sutil de investigação, chega aos ladrões, que só responderão por seu crime, mas o dono do veículo que perdeu seu meio de ganhar a vida fica no prejuízo total de seu meio de transporte, deformado pelos ladrões em fuga.

Poucos podem pagar um seguro. Ficam num prejuízo que muitas vezes os obriga a mudar de atividade por não terem dinheiro para recuperar seu carro, caminhão ou moto. Um sentimento de empatia muito grande me invade neste momento, a ponto de ter pensado em uma sugestão para tais casos. Acho que não cabe só à Lei punir os ladrões. Torna-se imperioso, em nome de uma justiça verdadeira, que alterem nossa Lei maior para que seja o pobre roubado que estacionou seu carro em lugar permitido pela lei, pois paga impostos para trafegar com seu veículo sempre dentro da lei de trânsito, que o ladrão ou ladrões causadores da destruição do carro dessas vítimas fiquem presos até pagarem a despesa total do veículo que avariaram, ante a nota fiscal de quem fez o serviço.

É quase certo que estes ladrões têm muitos amigos que os ajudariam a pagar, ou mesmo o próprio ladrão ou ladrões poderiam ir pagando aos poucos, mas presos. Essa gente deve ter em algum lugar importâncias significativas, resultados de outros crimes. O que importa é que esses causadores de prejuízos aos outros paguem pelo que provocaram. Uma vez saldada a conta, só sairiam da cadeia após um ano, assinando um termo de responsabilidade de que, se voltassem a praticar o mesmo crime, não só as despesas, quanto o tempo de um ano de prisão, seriam dobrados.

Aqui fica esta sugestão. Oxalá possa ser aproveitada.

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